O Bruno fez uma pesquisa na NET acerca do rio Zêzere. Trouxe para a escola. Aqui fica...
Zêzere
Um estranho nome cuja origem mais plausível estará na designação de uma modesta árvore de pequenas flores brancas e frutos negros que abundava nas suas margens, o azereiro, também conhecido por zenzereiro. Miguel Leitão de Andrade, um historiador do século XVII, originário de Pedrógão Grande, pôs a circular por volta de 1629 uma lenda que atribuía uma origem diversa ao nome, e explicava, ao mesmo tempo, a génese do próprio rio.
A nascente situa-se a cerca de 1900 metros de altitude, próximo do planalto da Torre, o ponto culminante da serra da Estrela e de Portugal continental.
O Zêzere resumia-se a um leito pedregoso por onde desfilava um tímido fio de água, que às vezes quase se escondia na imensidão verdejante do vale. Lembrei-me de Ferreira de Castro, que sobre este trecho do Zêzere escrevia: "Era uma pobre, trémula fita de água, ora muito estreita, ora mais larguita, às vezes quase invisível, que se lançava lá do alto por um sulco ou diáclese da rocha negra, aberta para lhe dar melhor caminho." O tempo estava esplêndido, com uma temperatura amena, e o Cântaro Magro brilhava ao sol oblíquo do amanhecer. Junto aos abrigos de pedra e telhado de colmo, pastores conduzem os seus rebanhos monte acima, em direcção a pastos mais abundantes, enquanto os animais vão mordiscando a erva que encontram pelo caminho. Um quadro de uma imensa beleza e tranquilidade, só perturbada, de vez em quando, por algum carro que passa na estrada alcatroada a meio da encosta
Os cerca de 260 quilómetros de extensão fazem deste rio um dos maiores inteiramente português. O Zêzere é um rio quase selvagem e caprichoso que sulca terras de pastores, enquanto atravessa a Estrela, e se torna utilitário após passar perto de Belmonte. São as suas águas que irrigam e dão vida aos férteis e produtivos campos da Cova da Beira, e eram essas mesmas águas que accionavam as rodas das azenhas, dos lagares e dos engenhos das fábricas.
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